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Via Sacra: “Senhor, Segurai-nos pela mão como um Pai”, clama o papa Francisco


A Paixão de Cristo encarnada na vida das famílias: o Coliseu de Roma concentrou hoje as alegrias e cruzes dos lares, durante a Via-Sacra desta Sexta-feira Santa, com a participação de dez mil pessoas.

Adentrando na cotidianidade de pais, avós e filhos, foram tocados temas da atualidade, como a educação, a pobreza, a migração, a pandemia, a doença e também a guerra. 

De fato, um dos momentos mais tocantes foi vivido durante a XIII Estação, que narra a morte de Jesus. 

Neste momento, a Cruz é carregada por duas famílias, uma ucraniana e outra russa, em especial por duas mulheres amigas que trabalham juntas em Roma. 

A câmera flagra o olhar de cumplicidade entre elas, enquanto o Pontífice cobre com a mão o seu rosto em profunda oração. 

O texto da meditação foi modificado no decorrer da celebração, para dar mais espaço à oração e ao silêncio, como explicou a Sala de Imprensa da Santa Sé: “Diante da morte, o silêncio é mais eloquente do que as palavras. Detemo-nos, portanto, num silêncio orante e cada um, no coração, reze pela paz no mundo”.

Ao final das 14 estações, o Papa Francisco recitou a seguinte oração:

 

“Pai misericordioso,

que fazeis nascer o sol sobre bons e maus,

não abandoneis a obra das vossas mãos,

pela qual não hesitastes

em entregar o vosso único Filho,

nascido da Virgem,

crucificado sob Pôncio Pilatos,

morto e sepultado no coração da terra,

ressuscitado dentre os mortos ao terceiro dia,

aparecido a Maria de Magdala,

a Pedro, aos outros apóstolos e discípulos,

sempre vivo na santa Igreja,

o seu Corpo vivo no mundo.

 

Mantende acesa nas nossas famílias

a lâmpada do Evangelho,

que ilumina alegrias e sofrimentos,

fadigas e esperanças:

cada casa espelhe o rosto da Igreja,

cuja lei suprema é o amor.

 

Pela efusão do vosso Espírito,

ajudai a despojar-nos do homem velho,

corrompido pelas paixões enganadoras,

e revesti-nos do homem novo,

criado segundo a justiça e a santidade.

 

Segurai-nos pela mão, como um Pai,

para que não nos afastemos de Vós;

convertei ao vosso coração os nossos corações rebeldes,

para que aprendamos a seguir desígnios de paz;

fazei que os adversários se deem as mãos,

para que saboreiem o perdão recíproco;

desarmai a mão levantada do irmão contra o irmão,

para que, onde há ódio, floresça a concórdia.

 

Fazei que não nos comportemos como inimigos da cruz de Cristo,

para participar na glória da sua ressurreição.

Ele que vive e reina convosco,

na unidade do Espírito Santo,

para sempre.

Amém”.






Da Redação
com Ascom
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