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Na ânsia de criticar alianças de João, Jackson finge não se lembrar de acordos históricos do PT e de Lula com o Centrão


Na ânsia de criticar o governador da Paraíba João Azevêdo (PSB) o seu arco de alianças, o presidente do PT da Paraíba, Jackson Macêdo (PT), adotou aquele velho adágio popular: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Na tarde dessa quarta-feira (30), ele postou a foto do encontro entre João e lideranças do Republicanos com a seguinte legenda em tom de crítica: “Se alguém te perguntar o que é esse tal de CENTRÃO mostre essa foto que é auto explicativa”.

Jackson finge esquecer que o PT, em toda as eleições que ganhou para presidente, não adotou o puritanismo ideológico, muito pelo contrário. O partido já fez composições com lideranças do antigo PMDB (hoje MDB), do PFL (que se tornou o DEM e hoje é União Brasil), do PP e do próprio PL, hoje de Bolsonaro, e era o partido do ex-vice-presidente José Alencar (anos depois ele foi pro PRB, hoje Republicanos).

Considerado um dos arquitetos do impeachment de Dilma, Michel Temer (MDB) foi vice da petista nas eleições de 2010 e 2014 e assumiu a presidência em 2016 após a confirmação do impedimento da presidente. E, agora nas eleições deste ano, deve ter como vice-presidente na chapa de Lula o ex-tucano Geraldo Alckmin, adversário histórico do ex-presidente, e sempre considerado pelos petistas como um baluarte da direita no Brasil.

E, mais do que isso, na própria Paraíba, atualmente, o PT não segue essa lógica de puritanismo ideológico. Basta levar em consideração que o candidato a governador do partido é o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.



Por Feliphe Rojas
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