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Custo de comer em casa dispara, e situação só deve melhorar em 2023


A guerra entre Rússia e Ucrânia, que impulsionou os preços internacionais de combustíveis e fertilizantes, vai continuar sustentando a inflação dos alimentos no Brasil pelo menos até 2023. Economistas ouvidos pelo UOL afirmam que um alívio para os alimentos, com altas menores que as vistas durante a pandemia, deve ocorrer apenas no próximo ano, caso não surjam novos choques (eventos inesperados) sobre a inflação.

Apenas em março, os preços dos alimentos subiram 3,09%, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), enquanto a inflação geral foi de 1,62%.

No mercado financeiro, a projeção é de que o custo da alimentação em casa —que reúne as diversas categorias de produtos consumidos pelas famílias, do arroz com feijão às carnes— suba 8,65% em 2022. O percentual consta do Sistema de Expectativas do Banco Central. Porém, como o sistema foi atualizado pela última vez em 25 de março, por conta da greve dos servidores do BC, o percentual projetado atualmente pode ser maior. Especialistas ouvidos pela reportagem disseram que a inflação de alimentos tende a ficar próxima de 10% este ano. 

O economista Guilherme Moreira, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), chama a atenção para o avanço dos preços desde o início da pandemia de covid-19, em 2020. 

Alívio só em 2023

Responsável pelo controle da inflação no Brasil, o Banco Central tem elevado a Selic (a taxa básica de juros da economia) para conter a alta de preços. Hoje a Selic está em 11,75% ao ano, mas a instituição já indicou que deve promover novo aumento em maio, para 12,75%.

Em declarações recentes, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o pico da inflação deve ocorrer em abril. A expectativa é de que, em 2023, as altas de preços sejam menores.






Da Redação
com UOL Economia
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