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EUA: Governador de Nova York, Andrew Cuomo, renuncia em meio a denúncias de assédio sexual

Governador de Nova York, Andrew Cuomo. (Foto: REUTERS/Mike Segar)

O governador do estado de Nova York, nos Estados Unidos, Andrew Cuomo, anunciou nesta terça-feira (10) que vai deixar o cargo em meio a várias denúncias de assédio sexual.

O governador fez um pronunciamento ao vivo em que ele nega qualquer intenção sexual nas suas condutas, mas assumiu "toda a responsabilidade".

Ele confirmou que será substituído pela vice-governadora, Kathy Hochul, após uma transição que vai durar cerca de 14 dias.

Cuomo é acusado de assédio sexual e conduta imprópria por 11 mulheres segundo investigação do escritório da procuradora-geral do estado, Letitia James.

Pressão de aliados

Cuomo nega as acusações, tenta dar um tom de normalidade aos gestos relatados como abusivos, mas a pressão para que renuncie ao governo partiu de importantes aliados democratas, até mesmo pelo presidente americano Joe Biden.

Na Assembleia estadual, controlada pelos democratas, o apoio partidário pela destituição do governador vinha crescendo desde que o explosivo relatório veio à tona e tornou insustentável a sua permanência no cargo. Dos 150 deputados, 107 são democratas e 43 republicanos.

Cuomo chegou a ser cotado como promessa democrata para as eleições presidenciais de 2024, após assumir um papel importante no controle da pandemia em Nova York.

O governador chegou a desbancar o então presidente Donald Trump na firmeza para combater o avanço do vírus com medidas mais duras e amplo apoio popular.

Investigações contra Cuomo

O governador Andrew Cuomo começou a ser investigado em março, após duas ex-assessoras acusarem o governador democrata de assediá-las no local de trabalho.

Após estas primeiras denúncias, várias outras surgiram. Segundo a procuradora do estado de Nova York, Letitia James, ao menos 11 mulheres se apresentaram aos investigadores com relatos de abusos.

"A investigação descobriu que o governador Andrew Cuomo assediou sexualmente atuais e ex-funcionárias do estado de Nova York, envolvendo-se em toques indesejados e não consensuais e fazendo vários comentários ofensivos", afirmou James.

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, durante entrevista coletiva em seu escritório em 21 de maio de 2021 — Foto: Richard Drew/AP

A procuradora-geral de Nova York afirmou que o que se revelou foi um "local de trabalho tóxico" e um "clima de medo" no qual Cuomo assediou sexualmente várias mulheres, muitas delas jovens, com "apalpadas indesejadas, beijos, abraços e comentários inadequados".

Segundo James, Cuomo e sua equipe também retaliaram ao menos uma pessoa por reclamar da conduta do governador de Nova York, que até o momento não se pronunciou.





Da Redação
com G1
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