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Professores defendem retorno às aulas presenciais somente após imunização contra a Covid-19 na Paraíba

A sindicalista fala que o retorno as aulas presenciais, só deve acontecer depois que a vacinação com as duas doses for efetivada e as medidas de segurança necessárias de prevenção sejam asseguradas em todas as escolas do estado. (Foto: Secom-JP e Sintep-PB)

Uma reivindicação que já se arrasta desde o início da vacinação, é a de que profissionais da educação só retornem ao trabalho presencial após a imunização com as duas doses contra a Covid-19. Mesmo inserida no Plano Nacional de Imunização (PNI), uma grande parte da categoria ainda aguarda a segunda dose do imunizante, e outra parte ainda não se vacinou. É o que revelou, em entrevista ao ClickPB, nesta terça-feira (27), a diretora do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), Leônia Gomes.

Nas mais de 668 escolas da rede estadual na Paraíba, a expectativa dos professores é de que haja a manutenção das aulas remotas enquanto essa imunização não estiver completa. Para Leônia, o retorno das aulas presenciais, só deve acontecer depois que a vacinação com as duas doses for efetivada e as medidas de segurança necessárias de prevenção sejam asseguradas em todas as escolas do estado, "para que os profissionais em educação e toda a comunidade escolar estejam seguros, não correndo o risco de vida através da contaminação do Covid-19", disse.

De acordo com o ela, o decreto do governo que vigora até 31 de julho, autoriza os municípios a promoverem o retorno às aulas através do sistema híbrido. "Entretanto, depois da segunda dose, respeitando aquele espaço da janela imunológica é que as aulas deveriam retornar no formato presencial", disse a sindicalista.

Além da imunização, ela destaca que outras condições também devem ser observadas como a higienização das escolas e até reformas em algumas delas. "Deve ser visto o estado físico das escolas, o que não se tem garantia diante do sucateamento que se encontra as escolas do estado, a exemplo da Escola Normal de Bananeiras e a EEEFM Arlindo Ramalho em Solânea, ambas da segunda Regional", explicou.

Leônia ainda reforça que diversas reuniões já estão sendo realizadas para tentar solucionar a situação. "Temos buscado mostrar as denúncias e, junto a Secretaria de Educação Ciência e Tecnologia, tentar resolver todas antes que as aulas retornem, mas até agora só temos promessas", ressaltou. 

Professores da rede pública afirmam que temem a retomada das atividades. Márcia Coutinho é uma delas. Professora de Física na rede pública, ele lembra que, além do risco de contaminação dos familiares, até início de agosto, a maior parte dos profissionais da área ainda não estarão totalmente imunizados.




Da Redação
com Emmanuela Leite
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