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João Azevedo torna Paraíba reduto de energia renovável, traz investimento de R$ 4 bilhões e beneficia paraibanos com 8 mil empregos

Geração de emprego, conservação do meio ambiente e redução na tarifa de energia que está cada vez mais cara, especialmente neste momento de crise hídrica pelo qual passa o Brasil. Todas essas vantagens têm nome e endereço: energia renovável e fica na Paraíba. As empresas já descobriram esse potencial em nosso estado e agora a luz se faz por aqui, literalmente, gerando mais de 8 mil empregos diretos e indiretos.

A geração de energia renovável não apenas se instalou como também se espalhou por toda a Paraíba. A instalação de novos complexos solares no munícipio de João Pessoa e na região da cidade de Santa Luzia, por exemplo, teve um investimento inicial de R$ 4,17 bilhões e geraram de imediato mais de 5.100 empregos diretos e indiretos.

O Complexo Solar Santa Luzia será operacionalizado pelo grupo Rio Alto nos municípios de Santa Luzia e São Mamede, se constituindo como o maior parque já instalado no Brasil, com geração de 1,6 gigawatt (GW), e com capacidade de suprir mais de 1,6 milhão de residências.

Já a instalação da fábrica de painéis solares no munícipio de João Pessoa será gerida pelo grupo Balfar Solar e deve entrar em operação em janeiro do próximo ano, em uma área de construção de 18 mil metros quadrados no Distrito Industrial. A expectativa é que ela se torne a maior e mais moderna fábrica de painéis fotovoltaicos da América Latina e uma das maiores do mundo.

O investimento inicial será de R$ 70 milhões, com uma expectativa de faturamento na ordem de R$ 160 milhões no primeiro ano de operação. O grupo prevê uma produção estimada em mais de 150 mil peças de painéis solares por ano, com potência de 340 a 450 Wp para o mercado nacional, gerando, aproximadamente, 100 empregos diretos e 3.000 indiretos, sendo a maioria deles de mão de obra local.

Paraíba, um polo de produção de energia renovável

O Secretário Executivo de Energia da Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (Seirhma), Robson Barbosa, considera que a Paraíba se transformou em um polo de produção no setor de energia renovável e ele explicou ao Fonte83, o porquê de ter essa certeza.

“O Governo do Estado mantém políticas de apoio e incentivo aos empreendimentos e promove a articulação dos empreendedores com entidades estaduais e municipais envolvidas”, afirmou.
Ele elencou os pontos que se tornaram importantes para que o estado tivesse essa capacidade de investimento no setor.

– Qualidade do recurso energético – sendo abundante e acessíveis; 

– Infraestrutura para exploração – todos os 223 municípios ligados por estradas asfaltadas) e disponibilidade de sistemas de comunicação nos locais dos sítios;

– Linhas de Transmissão – disponibilidade para escoamento da energia a ser gerada por meio da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN), incluindo capacidade adequada e distância razoável aos futuros empreendimentos; 

– Agilidade nos licenciamentos ambientais – órgão estadual proativo nos licenciamentos de empreendimentos energéticos renováveis; 

Potencial energético

Sobre a quantidade de energia gerada, o potencial solar, a Paraíba possui um dos índices mais altos de incidência da radiação solar no Brasil, chegando a atingir anualmente mais de 2.200 kWh/m2 no setor oeste do Estado. Na geração de energia solar fotovoltaica centralizada, atualmente a Paraíba possui quatro parques que totalizam uma potência instalada de 108,40 MW.

Com relação ao potencial de energia eólica, a capacidade estimada para instalação em solo (onshore) no Estado é de 10,2 GW em locais com velocidade média superior a 7,5 metros por segundo. Atualmente a Paraíba tem 15 parques eólicos que totalizam uma capacidade instalada de 157,20 MW; 14 parques em construção com uma capacidade total de 457,38 MW, e mais nove outorgados que totalizam 458,84 MW.

Benefícios do projeto para o estado e a sociedade

Após firmar um acordo de cooperação técnica e operacional para desenvolver estudos e modelagem de Parceria Público-Privada (PPP), na área de energia solar fotovoltaica em todo Estado, a Seirhma, pretende na prática atender a demanda energética do prédios públicos. 

O secretário destacou a importância dos benefícios financeiros, energéticos e ambientais gerados com os investimentos.

“Do ponto de vista financeiro, o investimento será realizado integralmente pelo parceiro privado e o Estado não desembolsará nenhum recurso. Além disso, com a implantação das usinas fotovoltaicas, estima-se uma redução em cerca de 20% no valor da conta de energia elétrica, gerando um saldo positivo significativo na conta de custeio do Estado”, afirmou.

Ainda segundo Barbosa, do ponto de vista energético e ambiental, a iniciativa contribui para aumentar o uso de energia renovável no Estado, ajuda a mitigar impactos ambientais – considerando que a geração de energia solar fotovoltaica não gera gases de efeito estufa -, e contribui para o atingimento das metas de redução das emissões do Brasil no âmbito do Acordo de Paris.

O emprego chegou

José Vicente, de 42 anos, foi beneficiado com um desses milhares de empregos já gerados após a chegada do projeto em Santa Luzia. O trabalhador conta, brincando, que literalmente viu a luz chegar em sua vida.

“É muita luz né? É luz para mim e para todos que estão tendo oportunidade de ter um emprego garantido. Eu passei quase dois anos desempregado e o sofrimento era muito grande. Vivia só de bico, não era nada certo, mas agora tudo clarou”, disse rindo.

Maria Luiza também está entre esses beneficiados. Ela tem sido afetada, no bom sentido, indiretamente. “Minha barraquinha de lanche ganhou muito mais movimento. Como os trabalhadores agora têm seu salário garantido, sempre eles passam por aqui no fim do expediente para comer ou levar um lanche para os filhos, principalmente no dia em que sai salário”, contou.



Da Redação
com Fonte83
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