O pré-candidato e ex-secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros (PSB), em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta terça-feira (12) disse que a violência no trânsito mata mais que a guerra e defendeu uma mudança na legislação de trânsito vigente no país.
"A área de saúde será o nosso norte, aliado a toda a experiência da gestão com a pandemia nos últimos anos. Queremos diminuir o número de mortes, nenhuma guerra chega aos números de mortes por traumas como temos por aqui. Trabalhamos no Trauma há mais de 40 anos. 50% dos politraumatizados morrem ainda por sangramentos não detectados. Precisamos melhorar nossas unidades de trauma", explicou.
O ex-secretário de Saúde da Paraíba, disse que sem uma mudança rígida nos textos das leis será difícil conter o aumento dos números de mortes provocadas nas estradas e nos centros urbanos.
"A Paraíba tem uma média de 200 acidentados de motos por semana. O trauma consome 10% do PIB do país. Só o custeio das duas unidades de referência temos R$20 milhões por mês que são consumidos por causa desses acidentes. Vemos a banalização das mortes. Então isso precisa mudar. Nós estamos perdendo essa guerra. É necessário que haja mudança na legislação no trânsito, que as leis sejam mais rígidas", defendeu.
Segundo o Global Status Report on Road Safety de 2018, o Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito em todo o mundo, perde apenas para a Índia e a China, que são seis vezes mais populosas. Mesmo os Estados Unidos, cuja população é de 330 milhões de pessoas, têm menos óbitos no tráfego.
De acordo com o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (RENAEST), da Secretaria Nacional de Trânsito, do Ministério da Infraestrutura, em 2021, foram 11.647 mortes no trânsito, ou seja, a cada dia, 32 pessoas perderam a vida em acidentes. O número de acidentes, no ano passado, foi de 632.764 registros. O equivalente a 72 incidentes por hora no Brasil.
Ano passado o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) completou 24 anos e inseriu uma série de mudanças na vida dos motoristas brasileiros por meio da Lei n° 14.229/21.
Da Redação
com Emmanuela Leite
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