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Recursos Eleitorais: Bolsonaro responsabiliza vice-presidente da Câmara por aumento no ‘fundão’


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) jogou para o vice-presidente da Câmara Federal, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), a responsabilidade sobre a aprovação do aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões. O chefe do executivo disse ser injusta a cobrança a parlamentares bolsonaristas sobre o tema e disse que a votação foi uma “casca de banana” dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Foi a primeira vez que Bolsonaro abordou o aumento do fundo. Ele garantiu que vai dar um bom final” para essa questão, sinalizando que “quase R$ 6 bilhões” é um valor muito alto.

Para o presidente, os parlamentares que votaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estão sendo “injustamente” acusados de votar o aumento do fundo.

“Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos, tem muita coisa lá dentro. Num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa “casca de banana, essa jabuticaba”, afirmou o presidente.

“Ele (Marcelo Ramos) que fez isso tudo, porque se tivesse destacado, talvez o resultado tivesse sido diferente. Então, cobre em primeiro lugar do Marcelo Ramos. E quem está atacando parlamentares que votaram pelo fundão, isso não é verdade”, afirmou.

Bolsonaro afirmou que o vice-presidente da Câmara “atropelou, ignorou, passou por cima” e não botou em votação o destaque.

“Obrigado aos parlamentares que votaram o LDO. Todos eles estão sendo acusados injustamente de ter votado o fundão. Eu sigo a minha consciência, sigo a economia, e a gente vai buscar dar um bom final para isso daí. Afinal de contas, já antecipo: R$ 6 bilhões para fundo eleitoral? Pelo amor de Deus” prosseguiu o presidente.

Vice-presidente da Câmara, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) rebateu Bolsonaro.

“Quero lembrar com muita serenidade ao Presidente da República que quem encaminhou a LDO com previsão de Fundo Eleitoral para o Congresso foi ele, foi o governo dele. Quem articulou a votação na Comissão Mista do Orçamento pra definir o valor foram os líderes do governo dele, que quem articulou a votação em plenário foram os líderes do Governo dele” disse.

“Eu só presidi a sessão e quero lembrar não houve protestos pelos líderes do governo. Nem pelo líder do partido do filho dele contra a votação simbólica. Portanto, ainda vale a pena lembrar que eu nem voto nessa matéria, porque só presidi essa chapa. Quem votou a favor foram os filhos dele, tanto na Câmara como no Senado. Essas palavras jogadas ao vento não vão transferir responsabilidades, presidente. Assuma as suas”, concluiu.



Da Redação
com com O Globo
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