A Polícia Civil da Paraíba instaurou um inquérito para apurar possível crime de racismo xenofóbico praticado por Drica Borba, noiva do jogador Léo Campos, do Botafogo da Paraíba, em conteúdos publicados em uma rede social. A investigação está sendo realizada pela Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa – DECHRADI, sob responsabilidade do delegado Marcelo Falcone.
O delegado Marcelo informou que Borba ainda irá ser intimada. Casos de racismo xenofóbicos são tipificados no artigo 20º da Lei 77/16/1989. Quando comprovados, podem levar a pena de 1 a 3 anos de reclusão + pagamento de multa, no entanto podem ocorrer agravamentos. "O básico é de 1 a 3 anos. Mas aí tem os agravamentos que a depender do que o juiz e promotor entendam", detalhou.
No caso específico de Drica, segundo apurou a reportagem, um possível agravamento é publicação em rede social. A lei define que para estes casos a penalidade, caso a pessoa seja condenada, é de 2 a 5 anos além do pagamento de multa.
No conteúdo gravado pela jovem, divulgado no instagram, ela afirmava que se irritou com o sotaque e o "arrastado do chinelo" de algumas pessoas dentro de um supermercado. O vídeo viralizou e a companheira do jogador deletou o perfil.
Já o atleta, depois das cobranças, fechou o acesso a sua conta na mesma rede social. O Belo emitiu nota em que repudiou atos de discriminação e justificou que os envolvidos já pediram desculpas. O casal foi às redes sociais, em outro vídeo, se desculpar pelas falas de Drica.
Ainda ontem (25), o Ministério Público anunciou que o Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial do órgão vai instaurar procedimento para também apurar a eventual prática de racismo nos comentários sobre o sotaque e costumes nordestinos veiculados nas redes sociais de Drica.
Adriana Borba (Drica) é natural de Santa Catarina. Veio residir em João Pessoa após a contratação do noivo para o elenco do Belo.
Da Redação
com Clickpb