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Lula chora em cerimônia de diplomação e diz que 'povo reconquistou direito de viver em democracia'; leia a íntegra

Evento marca o final do processo eleitoral e antecede a posse, que será realizada no dia 1º de janeiro. (Foto: Reprodução)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chorou nesta segunda-feira ao discursar em sua cerimônia de diplomação. Lula afirmou que o povo “reconquistou o direito de viver em democracia” e se emaciou ao lembrar da sua primeira diplomação, em 2002. O evento marca o final do processo eleitoral e antecede a posse, que será realizada no dia 1º de janeiro.

— Em primeiro lugar quero agradecer ao povo brasileiro pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Em minha primeira diplomação, em 2002, lembrei ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, um diploma… (choro) — afirmou, completando: — Esse diploma é do povo que reconquistou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma.

O discurso de Lula teve uma série de ataques velados ao presidente Jair Bolsonaro, que terminou a corrida eleitoral em segundo lugar. O President eleito afirmou que “poucas vezes na história recente” do país a democracia esteve “tão ameaçada” e elogiou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) pela atuação durante a campanha.

— Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular.

Lula ainda afirmou que os “inimigos da democracia” questionaram o sistema eleitoral, ameaçaram instituições e “criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação”. O dia 30 de outubro, domingo no qual foi realizado o segundo turno das eleições, foi marcado por diversos bloqueios feitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em vários locais do país que acabaram atrasando e dificultando o acesso à zonas eleitorais.

— Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo. Ameaçaram as instituições. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação. Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público.

Além disso, a campanha foi marcada por insistentes ataques ao sistema eleitoral e questionamentos sobre segurança das urnas eletrônicas pelo presidente Jair Bolsonaro, que nunca apresentou prova para suas declarações. Não há registro de fraude desde que as urnas eletrônicas começaram a ser usadas no país, em 1996.

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Da Redação
com O Globo
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