Foi formalizado ontem (28) um boletim de ocorrência na Polícia Civil da Paraíba, por parte da Ana Luzia Araújo Medeiros, de 23 anos, onde denuncia que pelo menos 31 estudantes foram impedidos de fazer as provas do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2022 na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), aplicadas nesse domingo (27).
O Enade colabora com a geração de estatísticas e indicadores educacionais no país. O estudante que não fizer a prova fica impossibilitado de colar grau e, por isso, não pode receber o diploma de conclusão de curso superior. Segundo o BO, na UFCG, houve dois tipos de reclamação por parte dos alunos. A primeira é a de que o portão principal da instituição fechou às 13h, como previsto no edital, e que o do bloco teria fechado no mesmo horário, sem tempo suficiente para que pudessem chegar até a sala. A segunda queixa é de alunos que já tinham entrado na sala da prova, mas saíram até que chegasse perto do horário de aplicação, e foram impedidos de retornar por causa do fechamento.
Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que, após apuração “junto ao Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), empresa responsável pela aplicação do Enade, verificou-se que o acesso aos locais de aplicação foi interrompido às 13h, conforme determina o edital. No entanto, antes do fim do prazo, a equipe de aplicação orientou os participantes que estavam fora do ambiente de provas para dirigirem-se às respectivas salas, o que não foi atendido por todos os estudantes presentes”.
Posição dos alunos que teriam sido prejudicados – Ana Luzia Araújo Medeiros que é estudante de psicologia contou que passou pelo portão principal da UFCG antes das 13h. Mas o portão do bloco, onde está localizada a sala em que ela responderia as questões, fechou no mesmo horário. As provas, no entanto, só começaram às 13h30, conforme determinado no edital do Enade. No entendimento da estudante e de outros alunos, o portão do bloco, assim como as salas, deveriam ficar abertos até instantes antes do início das provas, para que quem passasse pelo portão principal no limite do horário tivesse tempo para chegar à sala de provas, a exemplo do que acontece no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
De acordo Ana Luzia, o responsável pelo bloco que teve o portão fechado disse que estava seguindo as regras do edital do exame. Mas, para a estudantes, houve erro de interpretação do documento por parte da equipe de aplicação das provas no local, já que outros blocos permaneceram abertos até poucos minutos antes do início das provas. “Ficamos sem realizar a prova, não vamos conseguir nos formar e nem pegar o diploma por conta de um erro que não foi nosso”, afirmou.
Da Redação
com PBagora