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“Salada mista” eleitoral marca preferências políticas na Paraíba

A ‘lei da sobrevivência’ tem pesado mais do que a fidelidade partidária neste processo de composições políticas para as Eleições 2022.

O deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) tem cobrado unidade do grupo, para encarar uma disputa ao Senado na chapa do governador João Azevêdo (PSB). Consenso que nem ele mesmo consegue dentro do partido.

A falta de alinhamento nas eleições deste ano, no entanto, não é falha apenas dos progressistas paraibanos. Um olhar mais acurado vai ver que a ‘lei da sobrevivência’ tem pesado mais do que a fidelidade partidária neste processo de composições políticas para as Eleições 2022. Senão, vejamos:

União Brasil

O União Brasil, formado da fusão do DEM e PSL, tem como principal pré-candidatura a de Efraim Filho ao Senado. O partido fechou dobradinha com o pré-candidato ao governo, Pedro Cunha Lima (PSDB), que, por sua vez, fechou parceria com o PSC, capitaneado pelo ex-prefeito Romero Rodrigues, o deputado federal Ruy Carneiro e Leornardo Gadelha. O trio apoia a pré-candidatura de Bruno Roberto, do PL, ao Senado.

Para embolar ainda mais o jogo, no apagar das luzes, o União filiou Damião Feliciano, um político que nos últimos anos tem votado a favor de projetos apoiado pela “centro-esquerda. O deputado é casado com a vice-governador Lígia Feliciano (PDT), que ainda insiste em disputar ao governo nas eleições deste ano e até pouco tempo esperava compor com o PT. Damião ainda não verbalizou apoio a Pedro e, muito menos, a Efraim.

MDB

Nem mesmo no MDB, que tem tido gestos mais tímidos nas últimas semanas, a unidade está estabelecida. Veneziano é pré-candidato ao governo e espera contar o apoio do PT de Lula, com o ex-governador Ricardo Coutinho compondo na chapa como candidato ao Senado.

Lá atrás, quando Vené rompeu com o governador João Azevêdo para dar início ao seu projeto eleitoral, o deputado Raniery Paulino desembarcou para o Republicanos, mas o pai, o ex-governador Roberto Paulino, anunciou que não deixaria o partido, embora siga com o governo. Foi uma base eleitoral importante perdida no Brejo, inicialmente que seria restabelecida pelo ex-deputado Ricardo Marcelo, que também desembarcou do MDB para o Republicanos.

Republicanos

Nem mesmo o turbinado Republicanos, conduzido a corda curta pelo deputado Hugo Motta, tem unidade. O grupo se apresenta como grupo unido, mas, na prática, a legenda também está dividida. Um dos exemplos é o da família Henrique. A deputada Edna Henrique e o filho Michel declararam apoio a Efraim para o Senado, mas anunciaram que estão com Pedro ao governo.

Também tem destoado do grupo o deputado Raniery Paulino que vota em João, mas no quesito Senado diz que está ‘aberto a conversas’.

PT

Os petistas também vão encarar o processo eleitoral divididos. Mesmo com a desfiliação do deputado Anísio Maia do partido para ir ao PSB, numa tentativa de fugir de possíveis perseguições, a paz ainda não está selada. Uma ala da legenda vai seguir com o governo, inclusive uma das estrelas da legenda, o deputado federal Frei Anastácio, que disse ao Conversa Política que não acredita em represálias por conta do seu posicionamento.

Em resumo: a eleição do salve-se quem puder, o feadback da base eleitoral vale mais do que a unificação do discurso partidária. Situação que tende a piorar com as movimentações para definição das chapas majoritárias.







Da Redação
com Conversa Política
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