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Greve do INSS suspende avaliação social e perícia médica e cidadãos devem reagendar pedidos na Paraíba, orienta Sindicato


Os cidadãos que aguardam uma resposta do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) estão sentindo o impacto da greve iniciada no final de março na Paraíba. Os pedidos, que já enfrentavam a lentidão pela falta de profissionais e o sucateamento das agências devem ser reagendados. Essa é a orientação dada pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais Em Saúde e Previdência do Estado da Paraíba (Sindsprev-PB), Sérgio Fonseca. 

Em entrevista nesta segunda-feira (4), o sindicalista explicou que os cidadãos já precisam agendar via aplicativo ou site do INSS para poder ter acesso aos serviços, e que o movimento grevista denuncia o caos existente, buscando soluções. "A reabilitação profissional e a perícia médica estão paradas. Então, o segurado deve procurar o telefone 135, ligar e remarcar seus agendamentos, ou procurar uma agência do INSS onde os estagiários farão esse agendamento", disse.

Além de reajuste e concurso público para o setor, a categoria denuncia o congelamento de salário há cinco anos, pedem mais contratações para melhorar o atendimento, e reforça que a paralisação é a única forma de reivindicar seus direitos. 

"Nossa meta maior é o concurso público. As agências hoje em dia estão com estagiários e militares até maio. Após isso, não sabemos como as agências ficarão. Nós já temos uma fila de espera de quase três milhões de pessoas, que já estão sendo prejudicadas há muito tempo. É um absurdo o que acontece. Precisamos de concurso público para que, com mais servidores, haja atendimento sem demora para os cidadãos", destacou. 

Em janeiro deste ano, o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao sancionar a lei orçamentária, estabeleceu um corte no valor de R$ 988 milhões, destinados ao INSS. Se o veto do presidente não for derrubado no Congresso Nacional, vai inviabilizar o funcionamento do órgão, que já enfrenta inúmeros problemas, e não conseguirá manter a estrutura necessária para atender os pedidos dos (as) segurados (as) rurais e urbanos por aposentadoria e pensões e outros benefícios essenciais.

Uma audiência será realizada na sede da Fetag-PB, localizada na rua Rodrigues de Aquino, 722, em Jaguaribe, nesta terça-feira (5) com centenas de trabalhadores para sensibilizar os deputados federais e senadores paraibanos a derrubarem o veto presidencial ao INSS para que o pleno atendimento aos segurados rurais e urbanos seja restabelecido com qualidade.

Os trabalhadores reclamam de inúmeras dificuldades para ter acesso aos benefícios previdenciários, como auxílio doença, pensões e aposentadoria rural. A análise dos pedidos tem demorado meses, além do indeferimento de benefícios, o que tem deixado muitos trabalhadores sem nenhum amparo social.

De acordo com o INSS, se o veto não for derrubado, garantindo assim os recursos orçamentários necessários, as principais consequências serão: a não retomada do atendimento presencial nas agências que se encontram fechadas; descumprimento da Lei n° 14.199/2021 que garante a gratuidade da ligação para a Central 135; descumprimento à decisão do TCU que trata da realização de teleperícias em municípios que estão sem perito médico federal; redução na concessão automática de benefícios realizada pela DataPrev; não pagamento de benefícios por falta de orçamento; impossibilidade de agilizar o reconhecimento de direitos pelos servidores para redução de fila; dificuldade de capacitação dos servidores para redução dos indeferimentos e concessões indevidas; interrupção do atendimento nas unidades; fechamento de agências da Previdência, inclusive de prédio próprio.






Da Redação
com Emmanuela Leite
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