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Bolsonaro diz que não vai vacinar sua filha: 'espero que não haja interferência do Judiciário'

O presidente Jair Bolsonaro e sua filha caçula, Laura. (Foto: Reprodução/Twitter)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (27) que espera que não haja "interferência" do Judiciário na vacinação de crianças contra a Covid-19 e que sua filha mais nova, Laura, não será imunizada.

— Espero que não haja interferência do Judiciário. Espero. Porque minha filha não vai se vacinar. Deixar bem claro. Tem 11 anos de idade — disse Bolsonaro, pouco após chegar a São Francisco do Sul (SC), onde passará uma semana de folga.

Bolsonaro afirmou que ainda há "muita dúvida" no mundo inteiro sobre o tema, apesar de diversos países já imunizarem essa faixa etária.

— A questão da vacina para criança é muito incipiente ainda. Temos muito…Nós, não. O mundo ainda tem muita dúvida.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, mas o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, resistem em iniciar a imunização desse público, com o argumento de que não há urgência.

O governo federal está realizando uma consulta pública sobre a questão e anunciará uma decisão no dia 5 de janeiro. O mesmo procedimento não foi utilizado na liberação de vacinas para outras faixas etárias.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal deve apresentar esclarecimentos sobre a inclusão ou não de crianças no plano de vacinação até o dia 5 de janeiro. O prazo inicial terminaria na semana passada, mas foi prorrogado atendendo a um pedido do governo.

Em outra decisão, Lewandowskideu cinco dias para que o Ministério da Saúde explique por que quer exigir dos pais e responsáveis legais a apresentação de prescrição médica para permitir a vacinação.






Da Redação
com O Globo
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