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CPI DE SAPÉ: Servidor afirma que denunciante comandava esquema de rachadinha e que recebeu promessa de emprego de presidente para assinar denúncia

No Boletim de Ocorrência, o servidor cita os nomes do vereador Abraão Júnior e de Teresa Carneiro (confira cópia no fim da matéria)

O servidor público de Sapé Rodrigo José da Silva registrou Boletim de Ocorrência denunciando que o seu nome foi usado para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara do Município. Ele aparece na denúncia como funcionário fantasma, mas segundo afirmou, foi indicado para o cargo por Teresa Carneiro, que encaminhou as supostas irregularidades para a Casa Legislativa. 

Ele acusa Teresa e mais quatro vereadores de montarem a sua declaração falsa e afirma que acordou um emprego na Câmara com o próprio presidente da Casa, Abraão Júnior. Segundo cotou, o acordo foi para que ele recebesse uma quantia fornecida pelo presidente e vereadores da base e depois teria um emprego a partir de janeiro no Poder Legislativo. 

Rodrigo José da Silva relatou que era obrigado a devolver dinheiro do seu salário para Teresa Carneiro. Primeiro teria ficado acordado R$ 100 e depois ela pediu R$ 300. Segundo ele, todos os servidores indicados por Teresa e família faziam essa devolução, o que caracteriza um suposto esquema de rachadinha. Disse ainda que teme por sua vida. 

Teresa Carneiro, que já foi presa por estelionato, é esposa do ex-prefeito José Feliciano e irmã do ex-secretário de Agricultura e Pesca José Carneiro, demitido após o prefeito de Sapé receber denúncias de assédio moral contra servidores. 

No Boletim de Ocorrência, o servidor disse que foi chamado até a casa de Teresa e lá estava o presidente da Câmara, Abraão Júnior. Lá, eles pediram para que declarasse que fez um acordo com o prefeito para receber sem trabalhar, tendo a missão de vigiar Teresa. “Ela fez essa declaração e mesmo não sendo verdade, eu assinei”, disse, lembrando que o documento foi usado nas denúncias encaminhadas para a Câmara. 

Em maio deste ano, áudios vazados em Sapé sugerem que Teresa teria obrigado servidores da Secretaria a retirarem dos salários a quantia de R$ 100, à título de doação, para a compra de cestas básicas que deveriam ser entregues a ela e a família em uma ação social. Nos áudios, ela ameaça punir com demissão todos os integrantes da Secretaria que não comparecessem ao evento de doação das cestas básicas.

CONFIRA A CÓPIA DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA ENVIADA AO PORTAL SEM CENSURA PB:




Da Redação
Do Portal SEM CENSURA PB
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