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Média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil é a menor em 11 meses

A média móvel de mortes diárias provocadas no Brasil por Covid-19 caiu para 367 nessa terça-feira (12/10) e atingiu o menor nível desde 12 de novembro do ano passado, quando foi de 356,9. É a primeira vez em 2021 que o número fica abaixo de 400.

Na comparação com a taxa verificada há duas semanas, houve queda de 32,5%, o que indica tendência de queda na quantidade de óbitos.

O recuo observado nesta terça se deve ao feriado de 12 de outubro, que por não ser dia útil reduz em muito o número de exames realizados para confirmar casos e falecimentos por Covid-19.

Nas últimas 24 horas, foram notificadas 185 mortes e 7.359 novos casos da doença. Os dados constam no mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

No total, o Brasil já perdeu 601.398 vidas para o coronavírus e computou 21.590.097 casos de contaminação.

Devido ao tempo de incubação do vírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.

Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.

Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.

Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa representa a soma das mortes divulgadas em uma semana, dividida por sete.

O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.

Eficácia das vacinas

A redução das taxas de óbito por Covid-19 nos últimos meses comprova: as vacinas são eficazes para frear a disseminação do vírus e evitar hospitalizações e casos graves da doença. Outro índice que respalda o bom funcionamento dos imunizantes é o de internações hospitalares.

Levantamento feito pelo Metrópoles, por meio de dados do Ministério da Saúde, mostra que apenas 26% dos pacientes internados com a doença no Brasil entre julho e setembro foram totalmente imunizados – tomaram duas doses ou receberam a aplicação única de vacina.

Três em cada quatro pacientes internados no Brasil com diagnóstico positivo para Covid-19 no período, portanto, não completaram o esquema vacinal, o que é essencial para diminuir as chances de casos da doença evoluírem para a forma mais grave.

Desse total de internações registradas pelo Ministério da Saúde entre julho e setembro, 46,2% são de pacientes que não tinham tomado nenhuma dose da vacina; 25,7% tinham uma dose do imunizante.

Os números vêm do banco de dados de Síndrome de Respiratória Aguda Grave (SRAG), mantido pelo Ministério da Saúde.

Nesse arquivo, estão registradas todas as ocorrências de SRAG. Para a reportagem, foram mantidas apenas as informações relacionadas aos casos confirmados de Covid-19 que levaram à internação.



Do Metrópoles.
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