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Deputado paraibano que não tomou a vacina: “Meu corpo, minhas regras”

O deputado estadual Cabo Gilberto Silva (PSL) se disse contra o Projeto de Lei que dá direito a pessoas participarem de eventos ou de entrarem em bares e restaurantes se estiverem vacinados contra a Covid-19, cuja vacinação servirá como uma espécie de “passaporte” para poder frequentar estes ambientes.

O projeto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, mas a votação em plenário foi adiada porque deverá receber algumas emendas.

“Sou totalmente contra o passaporte sanitário porque vai criar cidadãos de segunda classe e a Constituição Federal não permite, e isso não deu certo em nenhum lugar do planeta e não vai dar certo em um país emergente como o nosso”, disse.

O deputado, que ainda não foi vacinado, acha que isso “fere de morte” o artigo 5º da Constituição Federal que trata dos direitos e deveres individuais e coletivos dos brasileiros.

Ele disse que até esperava que um texto desse viesse do governador do Estado, João Azevêdo (Cidadania), que, segundo ele, fechou o comércio, tirou emprego e prejudicou a população diretamente, mas não dos deputados que representam o povo.

“Eu jamais imaginei que um projeto dessa natureza chegasse à Casa de Epitácio Pessoa. Eu também, como representante do povo, tenho a obrigação de defender a população como um todo. Eu tenho que respeitar o direito fundamental de cada cidadão e não há porque ter medo, porque muitos já tomaram a vacina e quem não tomou já foi infectado e já está com a imunidade alta, segundo os especialistas. A doença é nova. A vacina é nova e nós temos que respeitar todas as opiniões”, ressaltou.

Conforme Cabo Gilberto, o Legislativo deveria estar preocupado com os investimentos de apenas 36% dos recursos vindos do governo federal, que o governo do Estado aplicou para salvar vidas, para os hospitais e abertura de leitos para tratamento da Covid-19.

Contudo, o deputado disse que não tem medo de pressão e de entrar em polêmica, que defende a vacina, comemora o número de vacinas aplicadas, ainda que não sejam suficientes para toda a população brasileira.

Indagado também o motivo de ainda não ter tomado a vacina contra a covid-19, o parlamentar respondeu que vai tomar, mas no momento em que achar “interessante”. “Meu corpo, minhas regras”, completou.




Da Redação
com paraíbaonline
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