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Máscaras continuam sendo obrigatórias e necessárias, mesmo com avanço da vacinação


Mesmo com o avanço da vacinação e redução do número de novos casos confirmados e de óbitos, os especialistas de saúde de João Pessoa alertam que não é hora de relaxar com os cuidados preventivos para evitar o contágio e transmissão da Covid-19, como o uso da máscara de proteção individual, que segue no topo da lista dos itens essenciais. Portanto, a população deve continuar atenta aos diversos modelos de máscaras existentes no mercado para continuar se prevenindo de maneira correta, como orientam os profissionais de saúde.

Além das recomendações dos especialistas, os decretos estadual e municipal continuam impondo a obrigatoriedade do uso da máscara de proteção individual aos cidadãos. “É importante que a população continue usando a máscara de proteção com a finalidade de autoproteção. O uso da máscara pode fazer a diferença para a manutenção de sua saúde e da própria vida, desde que estejam limpas e secas, mesmo após tomadas as duas doses da vacina”, orienta Alline Grisi, diretora da Vigilância em Saúde da Prefeitura de João Pessoa.

Cada modelo de máscara disponível no mercado possui especificações diferentes para o uso e durabilidade. Lembrando que as máscaras devem cobrir a boca e nariz para haver uma proteção eficiente, já que a transmissão do vírus ocorre através de gotículas espalhadas no ar e as portas de entrada são boca, nariz e olhos.

“O objetivo do uso de máscaras é propiciar uma proteção coletiva e não apenas individual. Se a pessoa tossir, espirrar, falar, a máscara pode impedir que gotículas infectadas se espalhem no ar, não chegando ao contato de superfícies ou outras pessoas”, lembra Alline Grisi.

Para o infectologista Fernando Chagas, membro do Comitê de Combate à Covid de João Pessoa e diretor geral do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, o uso da máscara continua sendo necessário e que continuará sendo até que, ao menos, 70% da população esteja vacinada com as duas doses. “É assim que se faz um bloqueio, a chamada imunização de rebanho para impedir a transmissão do vírus”, esclareceu.

Ele explica que quanto mais pessoas deixam de usar a máscara, mais o vírus circula e mais cepas surgirão. A cepa Delta, por exemplo, chega a 98% de transmissividade comparado ao vírus original. “Uma parcela das pessoas vacinadas pode ainda contrair o vírus e transmiti-lo”, alerta.

“A pessoa mesmo vacinada ainda teria 40% de chance de pegar a doença e, inclusive, transmiti-la. Essa variante Delta tem a capacidade de ser transmitida, mesmo com uma carga viral menor e causar a doença. Inclusive, de forma grave”, argumenta. “Tem que manter os cuidados, especialmente para evitar a chegada da variante ou evitar a circulação e a transmissão para outras pessoas”, complementa.

Após mais de um ano de uso contínuo, as máscaras já fazem parte dos itens usados pela população diariamente, mas é bom lembrar que o uso e a manutenção da limpeza corretos são imprescindíveis para sua eficácia.

Dicas:
  • Lave as mãos antes de colocar a máscara, depois de retirá-la e sempre que tocá-la;
  • Certifique-se de que a máscara cobre a região do nariz ao queixo;
  • Lave-a sempre após o uso (se for de tecido);
  • Evite o uso de máscara com válvula;
  • Troque-a após o período de uso indicado pelo fabricante;
  • Troque-a sempre que estiver úmida, suja, danificada ou se dificultar a respiração do usuário;
  • Paciente com sintomas de infecção respiratória (tosse, coriza e dificuldade para respirar) opte pela máscara cirúrgica;
  • Descarte em dois sacos plásticos.





Da Redação
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