O deputado estadual Cabo Gilberto (PSL) se posicionou totalmente contrário à volta das coligações partidárias para as eleições de deputados e vereadores. Em entrevista ao portal, nessa terça-feira (24), o parlamentar paraibano disse que a proposta é um retrocesso democrático.
O parlamentar foi eleito através do sistema de coligações partidárias, que ainda estava em vigor nas eleições de 2018, conquistando total de 23.273 votos, o que representa 1,13% do votos válidos. O resultado é abaixo do obtido pelo candidato Jutay Menezes que teve um total de 26.640 votos (1,30%) e não conseguiu ser eleito.
“Sou totalmente contrário. É um retrocesso para a democracia brasileira. Todos sabem como funcionam as coligações. Piora mais ainda, deixa o processo sem transparência para para a nação, ao voto que o eleitor deu, para a pessoa que foi eleita. Exemplo, um partido A se coliga com o partido B. Mas a população votou no candidato A e queria que ele vencesse, porém quem venceu foi o candidato B, totalmente ao contrário das ideias do voto”, afirmou.
O texto da proposta de Emenda à Constituição (PEC), foi aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (17) e será analisada pelo Senado. A formação de coligações permite a união de partidos em um único bloco para a disputa das eleições proporcionais. O mecanismo favorece os chamados “partidos de aluguel”, que não têm ideologia específica e tendem a negociar apoios na base do “toma-lá-dá-cá”.
“O partido tem que mostrar sua cara, sua bandeira e sua identidade para conquistar o eleitor, para que ele saiba em quem está votando. Naquela coligação não teria democracia, não haveria a real disputa de ideias. Sou favorável para que o sistema fique do jeito que está. Quem vai ganhar é o povo. Vai diminuir as legendas de aluguéis. Quem vai ganhar é a democracia, com a votação democrática da população sabendo em quem vai votar e quem vai eleger”, disse.
Do Paraíbajá
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