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Pularam do barco: políticos, partidos e movimentos que ajudaram a eleger Bolsonaro abandonam o presidente e agora apoiam o impeachment


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não está em queda apenas com o eleitorado, como mostram as últimas pesquisas de intenção de voto e popularidade, mas também com quem o apoiou nas  eleições de 2018, partidos, políticos e movimentos já demonstram seu descontentamento com o chefe do executivo, as polêmicas e o modo como o presidente vem governando o país estão fazendo com que até então bolsonaristas de carteirinha abandonassem o bolsonarismo.

Muitos foram os que pularam do barco e hoje apoiam até o assinaram o super pedido de impeachment de Jair Bolsonaro, destacando sua falta de competência para estar à frente do maior cargo político do país, principalmente pelo pouco caso que o presidente fez com a pandemia do novo coronavírus.

Abaixo, confira quem deixou o bolsonarismo de lado e agora apoia o  impeachment:

Kim Kataguiri (DEM) 

Kim Kataguiri, filiado ao DEM e um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), foi um dos direitistas a assinar o “superpedido” de impeachment, apresentado no dia 30 de junho, liderado por partidos, parlamentares e forças de esquerda, que reuniu todos os crimes cometidos por Jair Bolsonaro até agora. O deputado de 25 anos e o movimento que ele lidera deram enorme sustentação ao então candidato do PSL em 2018, tendo declarado voto ainda no primeiro turno.

Joice Hasselmann (PSL) e Alexandre Frota (PSDB)

Joice Hasselmann (PSL) e Alexandre Frota (PSDB), eleitos para um cargo público pela primeira vez em 2018 aproveitando-se da onda Bolsonaro, também não demoraram para pular do barco. Dizendo que queria ser “o Bolsonaro de saias”, Joice foi a segunda deputada mais votada e chegou a ser líder do governo na Câmara. Frota se encontrou diversas vezes com Bolsonaro na pré-campanha, pediu votos e recebeu o apoio do atual presidente.

Tanto Joice, como Frota, assinaram o super impeachment no último dia 30 e fazem oposição aberta há alguns meses. O ator já declarou que o presidente não liga para o número de mortes e que a atuação do governo no combate à pandemia é burra e sem noção. Falou que Bolsonaro é uma doença da mesma gravidade da Covid e defendeu a obrigatoriedade da vacinação. Joice Hasselmann já chamou Bolsonaro de ogro e cavalo e no início deste mês, em live no DCM, a deputada colocou em dúvida a facada sofrida por ele na cidade de Juiz de Fora, em setembro de 2018.

João Amoedo (Novo)

O banqueiro João Amoêdo (NOVO), que foi o candidato da sigla à presidência, também declarou voto a Bolsonaro no segundo turno e afirmou em novembro de 2018 para o jornalista Wellington Ramalhoso, do UOL, que o partido seria “independente e vigilante”. Em março de 2020, Amoêdo disse ao Estadão que não se arrependia do voto. Atualmente, ele faz críticas fortes ao governo e pede abertamente o impeachment, embora não tenha assinado o “superpedido”.

Fernando Alfredo (PSDB)

“Nosso líder Bruno Covas disse que restariam poucos dias para o obscurantismo e o negacionismo e, para que isso se concretize, é necessário que todos os que são a favor da democracia e principalmente da vida se unam contra um governo que coloca o brasileiro a venda por 1 dólar. A ideia é derrubar esse cara, que não tem mais condição de exercer a Presidência. A gente abre o jornal e fica enojado com o que vê.” Essa foi a fala do presidente do diretório paulistano, Fernando Alfredo, em entrevista à Folha de S.Paulo.

O PSDB resolveu aderir aos atos pelo impeachment de Jair Bolsonaro. Em entrevista à Jovem Pan, o parlamentar afirmou que um pedido de impeachment está sendo preparado pelo diretório municipal e deve ser protocolado no Congresso nos próximos dias.

Romeu Zema (Novo)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), mostrou apoio ao posicionamento do seu partido, que passou a apoiar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O mineiro, apoiador do governo federal, concedeu uma entrevista no último dia 7 de julho à Rádio Super 91,7 FM e alegou que “um dos problemas do Brasil é a impunidade” e que “ninguém está acima da lei” em um eventual processo de impedimento.

“Sempre fui favorável em colocar a lei acima de qualquer coisa. Se a algo que faça o presidente sofrer, porque ele fez algo ilegal, algo em desacordo com a constituição, com as nossas leis, que ele seja tratado como qualquer cidadão”, ressaltou o governador.

André Janones (Avante)

Um dos principais porta-vozes da greve dos caminhoneiros, o deputado federal André Janones (Avante-MG), pulou do barco e agora também apoia o impeachment do chefe do executivo, o parlamentar deixou as diferenças de lado com o MBl e também confirmou presença na manifestação ““direita anti-bolsonarista”.

MOVIMENTOS MBL E VEM PRA RUA

O MBL confirmou a participação na agenda de atos contra Bolsoanro chamada de “direita anti-bolsonarista”, prevista para acontecer neste mês de Julho. Lideranças do Vem pra Rua (Celina Ferreira), do partido Novo (João Amôedo), do Cidadania (Roberto Freire) e do PSL (deputado federal Júnior Bozzella), também confirmaram presença na manifestação.



Da Redação
com PolêmicaPB
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