Já não bastasse a fama de publicar e reproduzir diversas fake news posteriormente desmentidas, o portal "ExpressoPB" da cidade de Mari, na região da Zona da Mata Paraibana, envolveu-se em mais uma lamentável polêmica.
Ao noticiar o fato ocorrido na noite de domingo (9), onde uma jovem foi baleada na cabeça por um homem com quem convivia e/ou mantinha um relacionamento, caracterizando uma possível tentativa de feminicídio (conforme a própria polícia suspeita), a redação do citado portal publicou o fato e foi além trazendo a informação de que “o disparo teria sido acidental, durante uma discussão com o namorado”.
Nas redes sociais, ao tomarem conhecimento do teor da matéria, diversas pessoas criticaram e repudiaram a postura da redação do portal "ExpressoPB" taxando o veículo de comunicação online de ser irresponsável, praticar desinformação e tomar partido do possível agressor (segundo os comentários que serão mostrados em seguida) além de outros.
Confira alguns prints de manifestos de internautas sobre o texto da discutida matéria:
Não se sabe de onde a redação do portal criticado obteve tal informação adicional ao fato. Segundo matéria do conceituado portal G1/Paraíba, “algumas pessoas que moram próximo ao local do crime informaram não ter ouvido nenhuma discussão, apenas um tiro” e que a “polícia suspeita de tentativa de feminicídio”.
O fato é que o país tem sofrido os elevados números de crimes contra a mulher e, no momento em que um veículo de comunicação comete "falha no manejo das palavras" ao noticiar um fato, talvez indo além do ocorrido, fica sujeito a justas e severas críticas que poderiam ser evitadas limitando-se a publicar apenas o fato, sem utilizar-se de qualquer linguagem que possa fazer os leitores interpretarem uma suposta intenção de fazer desnecessário juízo de valor do ocorrido, já que num momento tão delicado em que mais uma mulher é vitimada, o mais prudente e responsável a ser feito pela imprensa é deixar que as investigações esclareçam os fatos para que se faça justiça a quem tenha praticado um ato tão monstruoso.
Da Redação
Do SEM CENSURA PB