A irmã e a tia de Pietro pedem que morte do menino seja investigada. (Foto: Reprodução) |
Um menino de 3 anos morreu depois de ser atendido no hospital do Valentina em João Pessoa. A criança já foi enterrada e a família acusa o hospital de negligência. A família deu detalhes do que aconteceu e pede uma investigação para que as circunstâncias da morte sejam apuradas.
Pietro foi atendido duas vezes na unidade hospitalar. A primeira entrada foi na última terça-feira (13) pela manhã. Segundo a equipe médica, a criança apresentava um quadro de diarreia, febre e vômito. Ela foi atendida, clinicamente medicada, e liberada logo em seguida.
Já a segunda entrada foi nessa quarta-feira (14), cerca de dez horas após o primeiro atendimento. Segundo a equipe médica, a criança apresentava um quadro de desidratação e hipoglicemia. Ela foi atendida pela equipe de emergência, mas sem melhora no quadro clínico. Acabou sendo encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou internada. Horas depois a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.
Revoltado, o pai da criança alegou descaso e negligência médica por parte da equipe do Hospital Municipal do Valentina e chegou a quebrar uma das portas da unidade.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa afirmou, em nota, que a causa da morte foi por choque séptico refratário. Disse que se solidariza com a família nesse momento de dor e que todos foram acolhidos pela equipe multiprofissional, que segue prestando assistência necessária.
A família mora no bairro da Penha, em João Pessoa. Bruna Vitória, que é tia da criança deu detalhes sobre a peregrinação do pequeno Pietro nesses dois últimos dias de vida.
"Na segunda-feira ele teve uma febre demos remédio, a febre passou. Na terça-feira pela manhã ele apresentou febre novamente e já não estava bem. Levamos para o hospital do Valentina. Ele deu entrada às 11h da manhã, onde foram feitos exames de sangue e urina. Segundo o médico que o atendeu deu tudo certo. Deram uma medicação para o estômago porque, até então, o diagnóstico dado pelo médico era de infecção intestinal. Ele teve alta as duas da tarde com a indicação de dois medicamentos, um deles um antibiótico", contou.
Bruno continuou: "Voltamos para casa com ele e quando foi sete horas depois ele começou a inchar, teve uma piora significativa e estava sem urinar. Duas horas da manhã a febre aumentou, levamos ele para o hospital. Chegando no hospital internaram ele. Houve a troca de plantão, pela manhã, às 6 horas, quando decidiram levá-lo para o centro de terapia intensiva e o caso dele já estava muito grave. A informação que nos deram é que o fígado dele tinha paralisado e também os rins. Quando foi umas 10h da manhã ele veio a óbito".
A parente acredita que se o menino fosse internado na primeira vez que procurou o hospital a morte poderia ter sido evitada. "Eu acredito que quando ele deu a primeira entrada, na terça-feira, já era pra ter internado, mas o médico disse que estava tudo OK. Sete horas depois ele teve uma piora considerável, já não estava fazendo xixi, já estava inchado. Ele não estava em condições de ter retornado para casa. No mínimo era para ter tratado a infecção e ter procurado saber o que realmente tinha acontecido", finalizou.
Uma irmã de Pietro disse que a gora a família quer justiça. Querem saber se o fato do menino não ter sido internado no dia em que a família procurou o hospital foi determinante para a piora de seu quadro de saúde e, consequentemente, sua morte.
"A família pede justiça, até porque foi inesperado, foi do nada, foi muito rápido. O médico não deu a assistência que ele deveria. Liberou ele muito rápido, não souberam nem explicar para nós o que aconteceu. A gente quer justiça, porque ele deveria ter ficado internado e ter sido medicado. Era para ter ido para a UTI ontem, mas liberaram ele. Não fizeram uma investigação que deveriam ter feito para descobrir o que é que ele tinha", desabafou.
Da Redação
com T5