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Ataques ocorreram durante cobertura das manifestações que pedem intervenção federal e militar. (Foto: Reprodução/ Twitter) |
Diante de episódios de ataques a equipes de reportagens na Paraíba, o sindicato da categoria no estado lançou uma nota de repúdio nesta sexta-feira (4). Profissionais de imprensa que cobriam atos com pautas antidemocráticas, como "intervenção federal" e "intervenção federal", foram hostilizados e expulsos da frente do Grupamento de Engenharia, que fica na Avenida Epitácio Pessoa.
Os manifestantes são eleitores do candidato derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro (PL). Eles não aceitam o resultado das eleições e fazem apelo ao exército por uma providência. Os pedidos ocorrem mesmo diante de declarações claras de aliados do presidente e indiretas de Bolsonaro sobre o reconhecimento da derrota nas urnas.
O órgão apontou "inércia da Polícia Militar, o que ensejará uma cobrança pública de providências por parte deste Sindicato ao Comando Geral da PM, à secretaria de Comunicação Institucional e à Secretaria de Segurança da Paraíba".
Confira a nota na íntegra:
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTASSINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DA PARAÍBANOTA DE REPÚDIOO Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba manifesta seu repúdio e indignação com a atitude de um grupo de eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que hostilizou e ameaçou nesta quinta-feira, 3, dois profissionais de imprensa em pleno exercício de suas funções. Os manifestantes têm mantido seus atos antidemocráticos em frente ao Grupamento de Engenharia na avenida Epitácio Pessoa e lá têm feito provocações a motoristas que trafeguem com adesivos do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).O repórter da TV Correio (afiliada da Rede Record), Oscar Xavier, e o cinegrafista, Isael Alves, foram hostilizados pelos bolsonaristas que queriam controlar o que ele iria dizer e até exigiam ser entrevistados. Além disso, outros militantes filmavam o jornalista numa clara tentativa de intimidação, enquanto outros gritavam ao lado dos profissionais de imprensa, atrapalhando qualquer tentativa de produção de conteúdo.Oscar e Isael tiveram que se posicionar longe do local de concentração do ato antidemocrático para conseguirem cumprir o trabalho e concluir a pauta que lhes havia sido dada. E tudo isso sob o olhar da Polícia Militar que mesmo estando no local não agiu para impedir as intimidações aos dois profissionais de comunicação.Diante da ilegalidade dos atos antidemocráticos, inaceitáveis em uma eleição limpa, e também do comportamento agressivo e intolerante dos militantes bolsonaristas, o Sindicato dos Jornalista se solidariza a Oscar e Isael, tolhidos do direito fundamental de exercerem suas atividades profissionais e constrangidos publicamente por um grupo que simplesmente não aceita perder uma eleição. Tão grave quanto o fato foi a inércia da Polícia Militar, o que ensejará uma cobrança pública de providências por parte deste Sindicato ao Comando Geral da PM, à secretaria de Comunicação Institucional e à Secretaria de Segurança da Paraíba.A integridade e o livre exercício do jornalismo precisam ser assegurados e disto esse Sindicato fará uma defesa intransigente.Abaixo a censura, a intimidação e a tentativa de interferência sobre a imprensa livre paraibana.A DIRETORIA
Da Redação
com T5