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Três militares da Marinha são presos sob suspeita de matar perito da polícia

Renato Couto Mendonça, perito da Polícia Civil, morto por quatro homens, sendo três militares da Marinha, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução)

Três militares da Marinha foram presos nesse domingo (15) no Rio de Janeiro sob suspeita de envolvimento na morte de um perito da Polícia Civil. O crime, segundo a investigação, ocorreu em razão de uma discussão num ferro-velho.

De acordo com a polícia, os militares e mais um homem, também detido, usaram uma viatura da Marinha para sequestrar o agente, que havia sido baleado em uma briga, e lançá-lo no rio Guandu, que passa sob o Arco Metropolitano.

Segundo a Delegacia de Homicídios, a desavença começou após uma discussão entre o papiloscopista do IIFP (Instituto de Identificação Félix Pacheco) Renato Couto Mendonça e Lourival Ferreira de Lima, dono de um ferro-velho na Mangueira, zona norte da capital.

Segundo relatos de testemunhas à polícia, o perito teria ido se queixar de peças furtadas numa obra na praça da Bandeira. Ele atribuiu a Lourival a responsabilidade do sumiço.

O dono do ferro-velho teria, então, chamado o filho, o sargento da Marinha Bruno Santos de Lima. O militar e o perito discutiram e brigaram fisicamente e, de acordo com a investigação, Mendonça acabou baleado na confusão.

Após ferir o perito, o sargento pediu auxílio ao cabo Daris Fidelis Motta e ao sargento Manoel Vitor Silva Soares, todos também da Marinha. Os três, segundo informações obtidas pela Divisão de Homicídios, levaram Mendonça até o rio Guandu e o lançaram na água.

Ainda não se sabe se o policial já estava morto quando foi jogado no rio. O corpo não havia sido localizado até a publicação desta reportagem.

A prisão dos quatro foi efetuada pela Divisão de Homicídios e pela 18ª Delegacia de Polícia, que recebeu informações sobre o crime. Eles foram indiciados por ocultação de cadáver.

A Folha não conseguiu contato com as defesas dos suspeitos. Procurada, a Marinha ainda não se posicionou sobre o caso.







Da Redação
com Folhapress
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