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Mais de 20% das mulheres que deram à luz no Cândida Vargas em 2021 engravidaram antes dos 20 anos


Uma em cada cinco mulheres que deram à luz no Instituto Cândida Vargas, em João Pessoa, de janeiro a agosto de 2021 engravidaram antes dos 20 anos. O número representa 22% do total.

De acordo com levantamento divulgado no domingo (26), foram 4.183 nascimentos no período. O setor de estatística do Instituto aponta que houve equilíbrio na média de partos normais e cesáreos: 274 ocorreram de forma natural e 249 por intervenção cirúrgica.

Mais de dois mil partos foram de mulheres com idade entre 21 e 30 anos, cerca de 50% de toda a demanda. Mulheres da faixa seguinte, entre 31 a 40 anos, deram à luz a 1.110 bebês. Já na faixa dos 41 aos 50 anos de idade, foram concebidas 103 crianças.

“Nós temos observado que as mulheres têm adiado a maternidade graças aos métodos contraceptivos. Antigamente, as mulheres não tinham como se planejar. Existem históricos de mulheres que nem chegavam a menstruar. Hoje, temos contraceptivos dos mais variados e também mais acessíveis. As mulheres estão podendo se programar e definir o momento para ser mãe”, ressalta o ginecologista e obstetra Roberto Magliano, diretor do Instituto Cândida Vargas.

Em contrapartida, cerca de 50 mães tinham menos de 14 anos de idade. “São meninas. Estão ainda na fase de amadurecimento, de aprendizado escolar, de conhecimento social, vivendo na dependência dos pais. Engravidando nesse momento, muitas delas sofrem abortamento”, lamenta Roberto Magliano.

O médico destaca, ainda, que quando uma adolescente decide ter o bebê por pressão da família ou social há aumento no risco de abandono da criança. “Esses dados nos chamam atenção para a importância dos médicos ginecologistas, dos meios de comunicação divulgarem mais as possibilidades de contracepção disponíveis para evitarmos situações como estas”, opina.

Pré-natal

Além do parto, as mulheres precisam ficar atentas ao pré-natal. Durante o acompanhamento da gravidez, o médico ajudará a esclarecer dúvidas sobre o corpo ou modificação dele em função da gestação e, ainda, evitar algumas complicações, como partos prematuros ou hipertensão gestacional. Outro benefício é a possibilidade de as mulheres no período pós-parto realizarem o planejamento familiar.

“É importante fazer esse planejamento junto com a nossa equipe profissional e receber orientações para escolher um método contraceptivo que garanta o direito de só engravidar novamente quando assim desejar”, explica o ginecologista e obstetra Roberto Magliano.

Este ano, o ambulatório do ICV registrou 1.374 consultas de pré-natal. O atendimento ambulatorial realiza consultas de planejamento familiar, ginecologia e o Teste do Pezinho. São oferecidas, também, consultas especializadas em pediatria, ginecologia, obstetrícia para o pré-natal de gestantes de alto risco.

Serviço

Para serem atendidas no ICV, as mulheres devem apresentar RG, CPF, cartão do SUS e um comprovante de residência. Devido à pandemia, o Instituto tem feito atendimento presencial preferencial para gestantes, lactantes ou pessoas com crianças de colo. O atendimento é feito por uma equipe especializada e em local apropriado tomando todos os cuidados de prevenção da Covid-19. Ao final do atendimento, o usuário recebe o número de protocolo para acompanhamento da demanda.

O Instituto Cândida Vargas fica na Avenida Coremas, em Jaguaribe. O atendimento na maternidade é 24 horas. Já o ambulatório atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. A coleta do Teste do Pezinho é feita de segunda a sexta-feira, das 7h às 14h.

Contato: 3015-1565 | 3015-1567 | 3015-1564 | 3015-1752




Da Redação
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