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Lira tenta votar proposta de semipresidencialismo em meio à pressão por impeachment

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) (Foto: Reprodução)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), segue tentando articular a votação para emenda à Constituição (PEC) na qual pretende mudar o sistema eleitoral do Brasil do presidencialismo para o semipresidencialismo.

Na prática, a alteração colocaria na cena política brasileira a figura do primeiro-ministro. Enquanto não consegue colocar a pauta adiante, o presidente da Câmara segue pressionado por cerca de 126 parlamentares com pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro (sem partido).

Ao jornal O Globo, alguns parlamentares relataram que Lira está tentando prosseguir com a pauta do semipresidencialismo, mas que a proposta de reforma política encontra resistência.

O próprio autor da medida, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), revelou que a proposta vai encontrar dificuldades para seguir no parlamento. Entretanto, ele garantiu que é cedo e o projeto a PEC ainda terá um longo caminho.

Moreira ainda pondera e faz um paralelo da sua proposta com um possível impeachment de Bolsonaro. O deputado considera a via do semipresidencialismo menos prejudicial para a sociedade.

“Tem uma crise, está mal demais o governo, tem problemas como nós cansamos de ter? Se for alterar, por exemplo, você altera o primeiro-ministro. Você troca o primeiro-ministro em 48 horas”, relatou ao Globo.

Em conversa com jornalista, Lira chegou a citar a proposta de Moreira na última semana.

“Eu não posso fazer esse impeachment sozinho. Erra quem pensa que essa responsabilidade é só minha. Ela é uma somatória de características que não se configuram. Dito por mim, pelo presidente ACM Neto, pelo ministro Gilmar Mendes, para citar alguns. Então, temos que nos acostumar a ter um processo democrático. Nós defendemos eleições em 2022. Daí a possibilidade, muito bem aceita, de votar um semipresidencialismo em 2026, com uma forma de você estabilizar mais o processo político no congresso nacional”, disse.



Da Redação
com ISTOÉ
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